- Feliz é quem foi jovem em sua juventude e mais feliz ainda é aquele que é sábio em sua velhice, porém o que mais me atormenta em relação às tolices de minha juventude, não é havê-las cometido... mas sim não poder voltar a cometê-las, entretanto, envelhecer é uma dádiva que deve ser encarada não como uma perda de habilidades, mas como uma oportunidade para transmitir os conhecimentos adquiridos ao longo da vida.
- Melhor idade por quê? Porque estamos ficando velhos?
Às vezes chamá-los de idosos pode entristecê-los, ou desanimá-los de uma forma indescritível. E é aí que se apresenta uma saída para essa nomenclatura: a melhor idade. Ela existe? A melhor idade é de fato o melhor período da vida do homem em geral? Ou apresenta-se como um termo mais agradável para tratar daqueles que muito viveram e ainda estão entre nós para contar a vivência de seus muitos anos de vida?
Eufemismo ou não, o que se sabe e pode-se afirmar é que a terceira idade garante ao indivíduo a abertura de um amanhecer diferente de todos aqueles pelos quais ele já passou em outras fases da sua vida. E por isso é, ainda que não seja tão palpável assim, a melhor idade para (re)descobrir o mundo ao redor daqueles que a compõem; além, é claro, de fazer desse um universo cheio de possibilidades, embora as condições físicas – ou mentais – estejam de certa forma comprometidas.
A melhor idade vem para aqueles que saibam aproveitar sua chegada, independente do tempo em que se dê por completa. O que é realmente considerável é o momento no qual o indivíduo está, sob qual espírito ele receberá sua nova fase; como ele irá aproveitá-la, se de forma intensa ou mais pacata. E a partir desses conceitos é que se considera concreta a verdade em torno da melhor idade da sua vida.
A terceira idade no Brasil cresceu cerca de 11 vezes nos últimos 60 anos, passando de 1,7 milhão para 18,5 milhões de pessoas nesta faixa etária.
Em 2025 serão 64 milhões e, em 2050, um em cada três brasileiros será idoso. A sociedade e o governo devem estar preparados para essa nova realidade.
Melhor idade é um eufemismo frequentemente usado no Brasil para referir-se aos cidadãos pertencentes à chamada terceira idade ou, mais apropriadamente, aos idosos.
O termo idoso recebe entre nós uma definição na forma da lei: "pessoa com idade igual ou superior a 60 anos". Atualmente o número de pessoas idosas não para de crescer no país e já ultrapassa 10% da população total. O Estatuto do Idoso, legislação editada em 2003, estabelece que os censos demográficos brasileiros deverão incluir dados relativos a esse segmento da população.
Entre os anos de 1940 e 2006, o número de idosos registrados no Brasil cresceu cerca de 11 vezes, passando de 1,7 milhão para 18,5 milhões. A previsão é que em 2025 esse número esteja na casa de 64 milhões de pessoas. Em 2050 estima-se que um em cada três brasileiros seja idoso. A sociedade e o governo devem estar preparados para essa nova realidade.
Em torno de 71% dos idosos registrados conseguem ter independência financeira. Eles são responsáveis por uma renda anual de R$ 243 bilhões, um poder de compra nada desprezível. Apenas 5% dos homens e 23% das mulheres dessa faixa da população declaram-se em dificuldades financeiras.
A maior parte da renda percebida pelos idosos, em torno de 49%, é originária de ganhos da Previdência. Em seguida, 39% dos rendimentos, são provenientes de trabalho. Receitas advindas de aluguéis representam 7% da renda anual declarada.
Do total de idosos conhecidos no Brasil, 55% são mulheres, que apresentam uma expectativa de vida superior aos homens. A viuvez das mulheres idosas é 3,4 vezes maior do que a dos homens idosos. Devido à expectativa de vida maior, e por terem mais chance de se tornarem viúvas na terceira idade, a tendência é que as mulheres idosas tenham uma velhice mais solitária.
Semelhante ao que acontece com a vida humana em todas as suas etapas, o tempo da terceira idade não representa somente um período de felicidade e prazeres, mas também são encontráveis nessa fase da vida muitas adversidades.
Um estudo realizado na Suécia e divulgado recentemente sugere que na atualidade as pessoas com mais de 70 anos possuem uma vida sexual mais ativa e sentem mais prazer do que os idosos de três décadas atrás. Em compensação, devido à redução de reflexos e no ritmo da caminhada, os idosos tornam-se as principais vítimas de atropelamento nas grandes cidades.
Consta que a grande maioria dos idosos, 83%, possui casa própria já quitada. Menos mal. Um relatório elaborado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em conjunto com o CFP (Conselho Federal de Psicologia), e divulgado faz pouco tempo, conclui que o Brasil não possui infra-estrutura mínima de abrigos para a população idosa. Segundo o relatório, alguns asilos visitados pelos pesquisadores são "depósitos de idosos abandonados", onde os internos vivem "sem família ou contato com a comunidade".
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